A CONEXÃO COM O RAPÉ
A CONEXÃO COM O RAPÉ
A medicina é simples, é direta, assim como o sopro mais básico.
A espiritualidade não vai te julgar se você foi iniciado ou não por um Pajé, desde que você se conecte pelo coração. Não que a experiência com os próprios criadores da Arte do Rapé não faça diferença, pois para quem já recebeu o sopro de um indígena, sabe que isso muda tudo, principalmente dentro de um contexto ritualístico, mas essas experiências você vai realizando ao longo do caminho, aos poucos, e esse caminho leva tempo.
Soprar o Rapé é fácil, se conectar com o Rapé, já é outra história.
Para se conectar você também não precisa se intoxicar aplicando dez vezes por dia, precisa sentir, precisa apenas receber e para isso a melhor hora e local, é quando você está bem consigo mesmo, seja entre amigos, seja sozinho em casa, na mata ou num ritual.
A melhor hora, também é quando você precisa de uma força maior, de uma boa idéia, ou mesmo de um impulso para começar o dia, talvez até mesmo para encerrar o dia e se limpar dos pensamentos tóxicos e se preparar para uma boa noite de sono.
O que a gente aprende sobre as Medicinas da Floresta nunca é uma regra absoluta porque cada conexão feita por nós, é única!
O sopro que te acalma pode agitar o seu amigo e o que alguns podem ver como uma peia, para outros é um presente divino de livramentos e bençãos.
Pergunte, ouça e transmita como uma história e não como uma regra imutável porque o ensinamento do Rapé não vem sólido como pedra, mas livre como o vento.
A Medicina foi “aberta” para o homem branco para o seu crescimento e não para ser objeto de discórdia na briga pela verdade absoluta.
Viva o Rapé Sagrado
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